sexta-feira, 20 de setembro de 2024

25 - ETERNAMENTE YU YU HAKUSHO

EPS – 25 COLAPSO

A escuridão do Makai parecia engolir tudo ao redor, enquanto Suizen e Mukuro se encaravam friamente. Sem aviso, Suizen explodiu em movimento, como um animal feroz liberto de suas correntes, ele investiu velozmente contra Mukuro como uma besta desgovernada, exercendo uma força bruta tão absurda e avassaladora em seus passos que fez o solo rachar abaixo dos seus pés e até mesmo o ar se curvar ao passar por ele enquanto encurtava suficientemente a distância que havia entre os dois na pretensão de atacá-la.

Suizen primeiro lhe aplicou um soco direto, desferido com seu punho esquerdo, mas ao invés do golpe seguir um caminho linear, ele rapidamente se tornou imprevisível quando mudou de direção assim que Mukuro se esquivou. Suizen torceu seu tronco e girou o antebraço para fora em um arco amplo, quase atingindo Mukuro de raspão, que apesar de sua imensa experiência e agilidade, foi pega de surpresa pelo inesperado movimento. Ela desviou por pouco do ataque, mas sentiu um vento cortante passar rente ao seu tórax, sendo pega pela extensão invisível de suas afiadas garras. Sem nem mesmo tocá-la, apenas com o deslocamento do ar, Suizen abriu um considerável rasgo em seu peito, dilacerando sua pele e esfarrapando suas roupas ao fazer um fluxo considerável de sangue jorrar.

Mukuro, porém, não recuou e quis revidar. Furiosa, ela fechou seu punho e tentou lhe atingir um poderoso soco de direita seguido por um chute de esquerda, mas Suizen se esquivou de ambos os ataques e em seguida, se agarrou a ela com força, iniciando um novo combo de indomáveis agressões:

Primeiro, seu joelho direito disparou para cima de uma maneira brutal, mirando o estômago de Mukuro. Ela tomou dois fortes golpes cujo impacto lhe causou espasmos imediatos nos músculos do seu abdômen, fazendo seu corpo se curvar. Aproveitando o momento, Suizen torceu o quadril para fora ganhando ainda mais espaço e depois, num deslocamento semi-circular, realizou um movimento quase animalesco para desferir uma joelhada ainda mais brutal, desta vez com a perna esquerda, que colidiu violentamente contra as costelas de Mukuro, destruindo-as.

Retirando as mãos de seus ombros, ele recuou seu cotovelo e finalizou o ataque desferindo um poderoso soco de direita bem no meio da face da outrora rainha do mundo das trevas com uma força devastadora, que a jogou contra uma grande rocha que havia nas proximidades. Esta imensa rocha desabou parcialmente após o impressionante impacto.

Mukuro, no entanto, não estava morta. Mas ficou ali por alguns instantes, chocada e perdida em pensamentos ao ser tomada por uma indecorosa vergonha e timidez, fruto de um silencioso constrangimento pois seu orgulho como a mais poderosa guerreira do mundo das trevas havia sido ferido já na primeira troca de golpes que cruzou contra seu mais novo e formidável adversário.

– “O que diabos foi isso?” Pensou ela. “Seus padrões de movimento são rápidos, pouco refinados e bastante primitivos. Vão além das artes marciais e se assemelham mais ao instinto natural predatório e assassino de um grande felino. Terei que adotar uma nova estratégia.”

Enquanto ela recobrava o fôlego, nas proximidades, Suizen já não podia se dar ao luxo de perder tempo e por isso, havia se agarrado aos pés de Urameshi e o arrastava pela areia em seus primeiros passos vagarosos, fitando o horizonte enquanto tentava se localizar para só então definir a direção em que Uragami estava, sendo essa também, a direção à qual deveria seguir.

– Onde o miserável do Uragami se meteu? As coisas mudaram muito por aqui nos últimos séculos. E não consigo identificar direito qual é a sua energia pois há vários indivíduos com uma youki elevada por aqui.

Mukuro por sua vez, não demorou muito a se levantar dos escombros, agora, com seu corpo recoberto por uma aura feroz de energia e muito mais determinação, tomou a iniciativa para si logo que se recobrou e partiu imediatamente para o ataque. Como um raio, ela se achegou até ele num instante e o forçou a largar Urameshi. Mukuro fez isso de maneira tão rápida, mas tão rápida, que Suizen mal teve tempo de se recompor antes que ela estivesse novamente sobre ele.

A troca de golpes que se seguiu foi extraordinária! Não havia brecha para nenhum ataque especial, era a mais pura e franca porradaria. Os ataques vinham de todas as direções e com tanta força que o corpo de Suizen começou gradativamente a se desfragmentar.

Notando com o olhar refinado de uma lutadora experiente essa nova situação, sutil e quase imperceptível, Mukuro passou aqui a adotar uma nova estratégia de batalha, altamente agressiva e ao mesmo tempo, de modo a manter Suizen sempre em constante movimento mesmo quando seria mais prudente manter distância. Ela literalmente passou a dominar o combate, com uma contínua, descomunal e igualmente inesperada chuva de golpes seguida de esquivas curtas perfeitas.

Mukuro agora enxergava com mais clareza a falta de técnica do seu adversário, via seus movimentos ligeiramente abertos e tentava compensar isso com uma postura mais centrada e segura, usando com maestria a limitação de alcance dos ataques de seu oponente, para se posicionar sempre com inigualável precisão, evitando por pouco os danos de seus ataques, ao não ser atingida diretamente por eles.

E à medida em que o combate se estendia, ficava cada vez mais clara a diferença de habilidades entre os dois. Apesar de suas energias serem muito semelhantes, o corpo de Takuma não era capaz de atender aos anseios de Suizen e não era capaz de acompanhar os movimentos de Mukuro naquela batalha de altíssimo nível. Ao pressionar ainda mais seu adversário, Suizen passou a perceber também que seu deteriorado corpo por vezes falhava, ficando paralisado nos breves instantes que sua adversária usava para contra-atacar. Isso acontecia devido aos seus danos físicos permanentes.

Ciente de suas limitações, Suizen teve que se focar na sua imprevisibilidade para se provar mais uma vez como o mais perigoso ali. Ele passou a se mover de uma maneira ainda mais primitiva e a atacar de forma caótica, como um neandertal, saltando por vezes contra ela, com a intenção de esmagá-la com ambos os punhos, e em meio a tantos movimentos simples e até desconexos, avançou tentando rasgar tudo que estivesse ao alcance de suas garras.

Cada golpe era desferido com a mais sincera intenção de lhe destruir, sem hesitação e sem qualquer padrão que pudesse por ela ser previsto. Ele não tomava fôlego, era imparável e estava claro que queria simplesmente despedaçá-la. Mukuro bloqueava como lhe era possível, desviava, tentava contra-atacar, mas Suizen sempre encontrava uma brecha, sempre conseguia romper suas defesas das formas mais inesperadas possíveis, sendo estas maneiras, tão longe da lógica e da razão, a maioria deles, vindo de algum ponto cego que ele mesmo criava posicionando estrategicamente seu corpo para burlar os seus olhos.

Mukuro naquele momento finalmente se deu conta de que estava enfrentando alguém único em todo o Makai.

Demonstrando uma brutalidade implacável, Suizen deixou claro que havia abandonado todas as formas convencionais de combate marcial, forçando Mukuro a usar sua intuição tanto quanto seu corpo para não ser rechaçada por seus golpes subsequentes. O jogo parecia ter virado mais uma vez, e a cada investida, ela se via cada vez mais pressionada. O que vimos ali, foi um pau a pau tremendo! Suizen não era apenas tão forte quanto os antigos reis do Makai, era um enigma envolto em pura selvageria.

Em determinado momento, Mukuro saltou, e após um giro, manifestou um devastador ataque de energia com a palma da sua mão esquerda. O impacto foi fulminante, formou um gêiser enquanto assoviava e por fim, uma grande explosão aconteceu. Suizen foi engolido pelo fluxo imensurável de youki que se espalhou pelo deserto arenoso daquela região do Makai como uma tempestade de relâmpagos eletrificada. Mas do centro daquelas ondas de choque e de todas aquelas explosões em cadeia, seu inimigo ressurgiu com vida, envolto em uma barreira protetora iluminada.

Espantada, ela se questionou:

– O que afinal de contas é aquilo? Nem mesmo Yomi poderia ter resistido a este ataque. A energia envolta naquela barreira é algo jamais visto. Talvez semelhante apenas à que Yusuke manifestou antes. Mas isso ainda é diferente … essa energia, está corrompida.

Assim que Suizen desfez sua barreira, seus penetrantes olhos se cravaram em Mukuro com a impetuosidade de um predador. Ele ergueu seus braços, concentrando uma quantidade insana de energia em suas mãos, de modo que foi o suficiente para iluminar o horizonte obscuro de todo o Makai.
O ambiente ao seu redor tremeu e o ar vibrava e se distorcia quando ele finalmente disparou uma rajada de energia devastadora diretamente contra Mukuro. Ela, no entanto, já estava preparada. E num movimento rápido e previamente calculado, saltou para sua esquerda, deixando o lampejo de pura luz enegrecida colidir violentamente contra o solo, explodindo em uma nuvem de destruição.

Antes mesmo que a fumaça daquele primeiro ataque se dissipasse, Suizen lançou outro, mas Mukuro como uma ágil sombra indomável, dançou entre os raios de energia que contra ela foram disparados. Cada explosão era maior do que a anterior e com isso, o chão cada vez mais se partia. Mas Mukuro manteve o foco, e sem demonstrar fraqueza, se esquivou ininterruptamente. Seus fios de cabelo foram abrasados, mas nenhum de seus ataques conseguia alcançá-la.

Ela então se lançou contra Suizen, cruzando a distância que havia entre os dois muito rapidamente. Mas ao ser quase atingida, foi forçada mais uma vez a recuar num movimento lateralmente tão amplo e com a rapidez de um raio, que forçou Suizen a ajustar o ângulo de seu ataque repetidamente.

Suizen disparou dezenas de rajadas de energia continuamente com uma raiva cega, seu youki rugiu de maneira furiosa pelo lugar, criando novas crateras e inexploradas fendas, enquanto Mukuro continuava a se desviar de maneira esguia e flexível, por vezes, se contorcendo de forma sobrenatural. Foi tudo tão rápido, que ela se tornou literalmente um vulto no campo de batalha.

Ela não apenas se esquivava, como também o provocava. Pois sabia que a volumosa energia de Suizen estava sendo drenada a cada ataque seu que era desperdiçado, e mesmo se essa energia fosse infinita, seu corpo logo iria sucumbir. Levado ao limite, a ferocidade de seu inimigo apenas crescia e a cada minuto que se passava ele estava cada vez mais perto de se consumir.

Finalmente, Mukuro conseguiu encontrar uma brecha em seus ataques e avançou pela última vez, desencadeando a mais gloriosa e formidável troca de golpes que já se viu. Eles subiram ao céu e centenas de ataques foram desferidos em segundos, de maneiras tão brutais e impactantes que era como se uma trilha sonora pulsante de pura adrenalina preenchesse o ar ao seu redor com um ritmo furioso para acompanhar seus movimentos.

Aquilo havia se tornado uma batalha épica, onde ambos emanavam poderosas ondas de youki e desafiavam os limites físicos da própria realidade. Cada investida de Suizen era ornada com demasiada escuridão, sendo este um testemunho indiscutível de sua conexão com as sombrias forças de Hametsu, enquanto Mukuro estava igualmente imersa na batalha e irradiava uma aura poderosa e nada contida que se manifestava como feixes de pura luz na cor violeta.

Ambos estavam determinados a vencer e se mostraram equiparadamente fortes, até o momento em que seus últimos golpes riscaram o firmamento e se chocaram com muita fúria num determinado ponto do céu. O impacto foi colossal! E ambos foram varridos para longe. Mas logo se reestabeleceram, e voltaram para se encararem mais uma vez, levitando frente a frente.

Diante um do outro, o campo de batalha havia ficado em silêncio, e da mesma maneira que teve início, aquela tempestade inimaginável subitamente se acalmou. Mukuro parou em pleno ar, levitando a alguns metros diante de seu oponente e passou a observar com cuidado a respiração pesada de Suizen, notou o quanto ele estava furioso, exausto, com o suor escorrendo por seu rosto, e com a sua energia cada vez mais fraca, começando a desaparecer.

Mas ignorando tudo isso com um sorriso empolgado estampado no rosto, Suizen disse a Mukuro:

– Isso foi maravilhoso! Eu não me sinto assim a muito tempo. Quem afinal de contas é você?

Mukuro se manteve calada, cuspiu o sangue que se acumulava na boca e avançou por alguns metros em sua direção com furor como se fosse reiniciar o combate, até que mais uma vez interrompeu seu ataque e parou de repente.

Confuso e sedento por sangue, Suizen a provocou dizendo:
– O que foi sua megera? Por que parou? Venha agora! Venha me enfrentar mais uma vez!

Mas com uma voz agora serena, Mukuro respondeu:
– Não. Ainda não percebeu? Parece que a minha vez de brincar com você já acabou.

Ainda confuso, Suizen insistiu:
– O que foi que você disse? Por acaso amarelou? Venha!

Neste momento, uma voz enraivecida foi ouvida por trás de Mukuro, que beirando a rouquidão dizia:

– Eu não vou morrer aqui, tá me ouvindo ô filhote do capeta? Me deixe lutar mais uma vez Mukuro. Esse desgraçado é meu!

Deixando a postura de combate de lado e movimentando-se sutilmente para sua esquerda, Mukuro deu espaço a uma figura que surgiu envolta numa verdadeiramente poderosa aura de energia atrás de si, para que ele pudesse passar. Tratava-se de Yusuke Urameshi, cujo corpo até então inerte, havia finalmente despertado de seu estado de torpor. Seus olhos irradiavam uma luz intensa, que refletia a força interior que agora o impulsionava. Sua aura dourada se elevava excessivamente ao céu, liberando pequenas partículas de energia comparadas aquelas fagulhas que regularmente vemos se desprenderem de um braseiro.

Ensandecido e tomado pela cólera agora, Urameshi retomou a palavra mais uma vez dizendo:

– Takuma! Ou melhor, Suizen! É hora do nosso segundo round, boneca!

Após socar sua própria mão esquerda em tom de ameaça, Yusuke avançou em direção ao seu inimigo, mas vendo que ele agia impulsivamente, Mukuro o deteve antes que partisse para a batalha.
Ela então lhe disse:

– Espere Yusuke, há algo importante que eu preciso lhe dizer. Esse cara não é nada normal, há alguma coisa a mais ali, muito mais antiga do que você e eu. Se enfrentá-lo cegamente, ele na certa irá matá-lo. Então me escute.

Ao mesmo tempo em que tocava o peito de Urameshi refreando seu avanço, ela seguiu dizendo:

– Enquanto lutava contra ele percebi o quanto essa criatura é primitiva, seus movimentos são imprevisíveis, então você vai ter que confiar na sua intuição. Além disso, ele possui uma estranha barreira impenetrável, que nenhum poder no mundo das trevas será capaz de romper. Temo que nem mesmo a energia de um Toshin poderá transpassá-la.

– Então é isso? Está tentando me dizer que não há como derrotá-lo Mukuro? Saiba que eu vou enfrentá-lo de qualquer jeito. E antes dessa luta acabar eu vou botar esse miserável para lamber o chão. Fica olhando Mukuro, essa pode ser a minha saideira, a minha grande despedida.

– Idiota, você não entendeu nada. E age inconsequentemente sendo o mesmo cabeça dura de sempre. Algumas vezes você poderia ser mais analítico, sabia? Você não precisa morrer aqui. Ele já está sofrendo os efeitos colaterais excessivos do combate, gastou uma quantidade significativa de energia e o corpo que possuiu já está se deteriorando. Não vai aguentar a sobrecarga de forças por muito mais tempo. E tempo é aquilo de que você também necessita. Talvez ainda haja um modo de salvá-lo. Basta sabermos qual de vocês dois vai cair primeiro.

– Ah, entendi. Então eu basicamente só preciso segurar o combate e resistir até lá? Não faz bem o meu estilo mas pode deixar que eu vou tomar cuidado. Obrigado por ter ganho algum tempo para mim, Mukuro. Sem você, uma hora dessas eu já estaria perdido. Mas agora me deixe passar, pois antes que um de nós dois desapareça, eu preciso muito socar aquilo que ele chama de cara.

Yusuke então avança furiosamente contra Suizen para findar a batalha.

Noutro ponto do campo de batalha, a gigantesca fissura que se abriu no solo do mundo das trevas  alargava-se como uma boca faminta, devorando tudo que havia em seu caminho para as mais profundas entranhas da terra enquanto, mergulhando nas profundezas, Hoozen se agarrava a Hiei num abraço suicida, medindo forças com ele enquanto o mesmo se debatia. 

Eles se mantiveram envoltos nessa dança mortal em pleno ar até que ela lhe disse:
– Eu vou te conduzir para o inferno!

Mas Hiei, com uma determinação incrível, respondeu:
– Você quer conhecer o inferno? Então eu vou te mandar pra lá pessoalmente.

Com um movimento repentino de sua cabeça, Hiei acertou a boca da youkai e se libertou, ao mesmo tempo em que seu braço direito começou a resplandecer inteiro em uma luz negra diferente. Concentrando poderosamente suas energias, Hiei invocou as chamas do submundo, e as moldou inconscientemente numa imagem distorcida semelhante ao Ryutoki que seu pai outrora invocou. O rosto sombrio e ameaçador da criatura surgiu nas chamas, lançando seu feroz olhar para Hoozen antes de toda a fenda se acender numa grande fornalha incandescente.

Ao mesmo tempo, lá em cima, Darla se preparava para mergulhar no abismo para lhe socorrer, mesmo com o seu braço estando ferido. Mas antes que pudesse agir, ela testemunhou uma monumental erupção de chamas irromper através da fenda, e se elevar por dezenas de metros acima do solo. 

Iluminando todo o lugar com um clarão infernal, as chamas se ergueram em pilares gigantescos, que lançaram suas sombras dançantes pelos arredores do que sobrou do vilarejo. Com os olhos arregalados, Darla assistiu ao espetáculo aterrador, até que passados alguns instantes, ela viu uma sombra se mover entre as chamas, e avistou Hiei emergir das profundezas da fenda, esgotado e tremendamente ferido, mas inteiro e triunfante. 

– Hiei! Foi você quem fez tudo aquilo? Perguntou Darla.

Ao que ele respondeu:
– Foi. A maldita vai arder até que morra engolida pelas minhas chamas.

_ Então Hoozen, finalmente morreu?

Em resposta, Hiei disse que sim. Mas ao fitarem o abismo, de sua adversária não havia sinal algum, e quando as chamas se apagaram de vez, apenas o vazio permaneceu, deixando os dois aliviados mas com um insistente sentimento de inquietude e incerteza. 

Teria sido este realmente o fim de sua rival? Hoozen havia se mostrado tão dura na queda que era realmente difícil de acreditar que eles finalmente a tivessem vencido.


Não muito longe dali, Yusuke avançou furiosamente contra Suizen para dar fim a essa batalha, cortando o céu numa velocidade incrível e externando uma força arrasadora. Cada golpe seu, carregado com a mais pura raiva e energia destrutiva, fazia o ar estremecer como ocorre quando é rompida a velocidade do som. A cada contato entre os dois, uma nova sequência de golpes brutais era desferida. 

Mas Suizen, também se movia rápido demais, e com uma destreza tão imprevista que acabava escapando por um fio de suas investidas. Sempre que Urameshi estava para atingi-lo, como uma sombra, Suizen se desvanecia no ar e desaparecia no mesmo instante.

Irritado, mas com determinação, Yusuke gritou:
– Você não vai fugir de mim pra sempre, Suizen! 

Ao que recebeu em resposta por parte de seu oponente:

– Me atacar desse jeito é uma piada garoto. Toda essa força ... é insignificante se você não souber usá-la! Se quer mesmo me destruir, vai precisar de muito mais do que você tem agora. Eu já enfrentei deuses da batalha antes, guerreiros formidáveis como Houko e o próprio Raizen, então eu digo, você não é nem sombra do que eles já foram um dia.

Irritado, Yusuke perguntou retoricamente:
– É o que? Tá fazendo pouco caso de mim?! Ah maldito! Eu vou te mostrar.

E cerrando os punhos, prosseguiu com o ataque. Golpe após golpe, de maneira cada vez mais rápida e brutal, Yusuke foi se aproximando, mas seu inimigo, mesmo sendo furiosamente pressionado, parecia manter-se por cima, como um predador dominando sua caça. Seu sorriso sinistro ainda permanecia escancarado e intacto em seu rosto e isto era o que mais lhe incomodava.

Até que em meio à trocação insana de golpes, Yusuke finalmente o atingiu, primeiro uma vez, depois outra e mais uma. E começou a perceber que a cada novo golpe seu, aquele maldito sorriso desaparecia e se apagava, mesmo que apenas por um segundo enquanto ele se contorcia de dor. Suizen parecia odiar ser tocado por aquela aura de luz que envolvia os punhos de Urameshi, mas não era só isso que o inquietava, também, o orgulho ferido. O orgulho de uma besta que nunca aceitaria ser ferida ou derrotada.

– "Você tá sentindo isso, né?" rosnou Yusuke. “Sentiu como a minha mão é pesada?” continuou.

Enquanto socava Suizen mais uma vez com ainda mais força, ele novamente gritou:

– Você não sabe o prazer que me dá enfiar a mão com gosto bem no meio dessa sua cara feia!

Mas defendendo-se com os antebraços, Suizen respondeu:

– Tolo, suas palavras são tão vazias quanto sua resistência. É você quem vai morrer no final se continuar abusando de sua força  assim.

Mas os impactos passaram a ser subsequentes e os insultos de Yusuke, lhe sobrevieram acompanhados de indefensáveis e impiedosos golpes. A cada chute que desferia, ele aproveitava a oportunidade para lançar uma nova provocação venenosa dizendo:

– "Qual é, gostosão? Não era você o bam bam bam da parada? Toma aqui mais essa bicuda!

E quanto mais ele sorria, mais seu adversário se irritava. Sua expressão antes calma e confiante agora se desmanchava, desfigurada em uma máscara de puro ódio. Até que Suizen também gritou, e esbravejando rugiu: 

– "JÁ BASTA! E CALE ESSA MALDITA BOCA!"

Levantando suas mãos para o céu e perdendo completamente o controle, Suizen lançou uma devastadora chuva de rajadas de energia. Ele botou tudo pra fora e atacou com muita força, mas consequentemente, sem nenhuma precisão. O campo de batalha inteiro mais uma vez foi devastado enquanto Yusuke desviou daquele ataque precipitado facilmente. E sorrindo, viu que suas provocações haviam deixado o orgulhoso Suizen descuidado.

Enquanto o caos ao seu redor demasiadamente crescia, em tom jocoso Yusuke disse:

– E não é que eu enfezei o desgraçado de vez? Olha que maravilha! Eu gosto é assim. Eu gosto é de ver nego pilhado e a coisa toda pegando fogo.

Em meio a mais esquivas, Yusuke então perguntou:
– Aí maluco, tudo isto é desespero?

Ao que Suizen respondeu:

– Não, desespero é o que eu trago! E a minha fome por destruição é maior que a sua vontade de vencer!

Diante do fluxo incontrolável de rajadas de energia, em fuga, Yusuke se lançou através de uma pequena floresta de vegetação curvada e surrealista que havia na região próxima ao curral humano que anteriormente destruiu, as árvores logo se tornaram um borrão de cores e formas distorcidas enquanto Yusuke a atravessava bem pelo meio delas numa velocidade incrível. Atrás de si, Suizen lançava rajadas cada vez mais massivas de energia puramente negra, gerando uma espécie de tempestade sombria. Tudo parecia se desintegrar atrás de si e foi formado um rastro de destruição imenso.

Urameshi então, passou a contra-atacar. Disparando, mesmo enquanto se movia, uma série de explosivos espirituais que colidiram com as rajadas de Suizen em pleno ar e também, com a sua poderosa barreira. Ao disparar por fim um poderoso Leigun, um raio devastador cortou o céu e colidiu diretamente contra sua barreira, causando um impressionante trovão que reverberou por toda a floresta sombria. 

A barreira, inicialmente impenetrável, oscilou e piscou até que finalmente rachou e desapareceu, deixando cair uma cascata de fragmentos de energia que se misturaram ao poder divino de Yusuke antes de atingir o chão. 

Ao tocar o solo, as explosões de energia negativa geradas pela mistura de forças, foram tão violentas que mexeram com o tecido da realidade do campo de batalha, formando “zonas acinzentadas e mortas” em que a energia vital parecia ter sido sugada e conduzida para outra dimensão. Era como se tivessem derramado ácido em tudo que existia por ali. A terra era calcificada, parcialmente derretida e marcada com uma grande mancha cinzenta. E a cada explosão, a floresta e tudo mais que havia ao seu redor, se partia.

Suizen então, desceu rumo ao solo e buscou Yusuke em meio à densa nuvem de poeira de rocha vaporizada misturada à fumaça que se formou. Urameshi naquele momento concentrou sua força em um pequeno Leigun, e envolveu a esfera brilhante com pequenas e estranhas centelhas de pura luz. Ele disparou diretamente contra Suizen, que ao ver um ataque tão medíocre, zombou, escarnecendo dele:

– O que foi garoto? Por acaso a sua energia já se esgotou? Que porcaria de disparo é este?

Com um sorriso debochado estampado em sua face, Suizen esbofeteou o Leigun com toda força, como na reação automática e instintiva de um animal, fazendo o mesmo se desfragmentar em pleno ar. Mas, naquele mesmo instante ele percebeu que havia cometido um grave erro, pois as faíscas que gerou com seu golpe, incendiaram todo o solo abaixo de si, que estava repleto de óleo sem ele nem mesmo perceber.

De repente, aquele ponto da misteriosa floresta explodiu em chamas, e gêiseres incandescentes subiram por dezenas de metros através do céu. As labaredas iluminaram todo o lugar, transformando o cenário da batalha num verdadeiro inferno.

Suizen então, reforçou seu campo de força e voltou a atacar, erguendo-se mais uma vez por dezenas de metros através do céu e disparando novos e incontáveis projéteis de energia aleatoriamente, que forçaram Yusuke a se movimentar mais uma vez pelo que restou da floresta em chamas indo em direção a um enorme montanha. Encurralado entre as subsequentes explosões e o paredão do grande rochedo, Yusuke se viu engolido pela força de um novo ataque, disparado pela mão esquerda de seu inimigo. 

A colossal esfera de energia desintegrou completamente a área, criando uma bola de fogo gigantesca e muito intensa, além de gerar uma chuva inimaginável de destroços. Confiante de que o golpe havia surtido efeito, Suizen testemunhou perplexo o momento em que Urameshi atravessou toda aquela monstruosa esfera de chamas e veio em sua direção.

Mais possesso do que nunca e disposto a acabar com o predador que o ameaçava, em êxtase, Urameshi berrou:

– Você vai cair!

E tomado pela mesma fúria assassina, Suizen gritou em resposta:

– Não, quem vai cair é você! E quando eu acabar contigo, será como se nunca tivesse existido.

Os punhos de Urameshi então, dispararam descontroladamente uma nova chuva incessante de golpes contra seu oponente, e a cada manifestação do leigun, faíscas de pura energia explodiram pelo ambiente. Apesar daquela nova barreira ainda proteger seu inimigo, Yusuke notou que ela já não era mais tão sólida quanto antes. Pequenas falhas apareciam continuamente no campo de força que o envolvia, como se aquela barreira estivesse prestes a ceder. 

Yusuke então sorriu, percebendo que, por mais que a barreira ainda resistisse, a qualquer momento agora ela iria desabar. Ele já não tinha mais energia para mantê-la. Yusuke precisava de mais poder bruto naquele momento, precisava se manter firme e de pé na mais profunda persistência. Sua intenção era simples: cansar Suizen até que o próprio demônio caísse de exaustão, mas algumas vezes sua força parecia infinita.

Focado no oponente e ignorando o próprio estado em que ele mesmo se encontrava, Yusuke novamente o provocou:

– Já tá no fim, hein, seu mal-acabado.

Mas em resposta, Urameshi tomou um soco certeiro bem no lado direito da face e voou por dezenas de metros enquanto Suizen falava: 

– Você acha mesmo que este é o meu fim? Este é o seu fim. Eu vivi mais de mil anos na escuridão ... você não sabe sequer o que é a dor, e nem mesmo começou a entendê-la!

Em meio àquele embate feroz, Suizen esticou seu braço esquerdo e preparou uma nova ofensiva. Mas quando estava pronto para disparar um poder aterrador, uma presença inesperada nas proximidades o deteve. Ele sentiu que havia alguém o observava de perto. E quando virou a cabeça ligeiramente para o lado, se viu diante da presença de Mukuro.

Silenciosa e imóvel, ela observava cada movimento da batalha. Suizen então hesitou, congelado por um breve momento. Não sabia se ela iria intervir e atacar ou não, e no segundo seguinte, o ataque que preparava simplesmente foi desfeito e desapareceu de suas mãos. No entanto, Mukuro ainda assim não se moveu, seus olhos frios apenas o seguiam penetrantemente.

Apenas alguns segundos mais tarde é que ele percebeu que ela só estava assistindo, havia ficado claro que ela não iria intervir. Essa batalha era do Urameshi. Talvez, a sua grande despedida, e não seria Mukuro quem iria interrompê-la.

Trancando os dentes com irritação pelo tempo perdido, Suizen voltou sua atenção mais uma vez para Yusuke, mas algo inesperado aconteceu. Uma força colossal o atingiu em cheio após o fulgurante disparo de mais um leigun. Ao virar seu rosto para Urameshi, ele só pôde notar o brilho da monstruosa bola de energia vindo em sua direção, antes de ser engolido por ela. 

Após uma grande explosão que iluminou os céus, Suizen caiu em chamas violentamente contra o solo, próximo a uma grande fenda.

Ao tentar se levantar, percebeu que o corpo de Takuma, que é usado por ele como um recipiente, como um avatar para que se manifeste no mundo dos vivos, havia sido parcialmente desintegrado e destruído. Uma nuvem de pequenas partículas então se formou, a partir de sua carne acinzentada e do que restou de seus ossos, que se evaporavam no ar. 

Tentando conter desesperadamente aquela notável perda e manter o controle de si, Suizen começou a se regenerar, tentando fazer as partículas ficarem juntas para recriar seus membros perdidos, mas elas lhe escapavam, então reclamou veementemente dizendo:

– Maldito corpo, é frágil demais! E está se esfacelando.

Enquanto Suizen lutava contra a falência de seu receptáculo, Yusuke disparou de longe um poderoso leigun, que se desmanchou abruptamente ao entrar em contato com uma nova barreira que, enfraquecida, logo também se desfez. 

Surpreso, Suizen viu seus olhos se estreitarem ao observarem Yusuke ressurgir no local, acompanhado logo em seguida por Mukuro, que permanecia calada mas com um sorriso. Havia algo diferente em Urameshi, algo mais profundo e ancestral. A energia que Yusuke estava manifestando parecia ter mudado, crescido e se moldado enquanto ele esticava seu dedo para disparar um último leigun. 

Por um breve momento, Suizen sentiu algo gelar dentro de si, ele reconheceu aquela assinatura espiritual, sentiu algo que estava vivo e que pulsava em cada célula do corpo de Urameshi. Era sem dúvidas a presença demoníaca do próprio Raizen diante de si. Ele não estava realmente ali, mas paralisado por antigas memórias de um confronto brutal que no passado ocorreu, pela primeira vez em séculos ele sentiu medo.

Irritado e tentando se manter de pé após aparentemente consumir suas últimas forças, Urameshi novamente disparou seu leigun enquanto gritava com todo o sopro dos seus pulmões:

– PARE DE SE ESCONDER NESSA BARREIRA MALDITA, DESGRAÇADO! EU NÃO VOU MORRER SEM ANTES TE DERROTAR!

O seguinte disparo porém, eclodiu ineficazmente contra sua poderosa barreira mais uma vez.

Ofegante e completamente esgotado agora, Urameshi finalmente perdeu sua transformação Toshin. Seu cabelo e suas roupas deixaram de ser alvos e ele voltou a manifestar seu aspecto Mazoku de sempre.

Concentrando então, tudo o que lhe restava daquela fabulosa energia no último disparo que preparava em suas mãos, Yusuke não perdeu tempo. Com um grito furioso, descarregou a mais estupenda bola de energia espiritual de que se tem notícia, mirando diretamente contra o núcleo maligno que ocupava o lugar do coração de seu oponente. 

Naquele momento, o sorriso de Yusuke era selvagem, e ao mesmo tempo eufórico, como se estivesse demasiadamente empolgado com o que aquilo faria ao seu inimigo. 

Ao ver o brilho fulgurante e intenso vindo em sua direção, Suizen também concentrou toda a força que lhe restava para intensificar sua impressionante barreira, intentando resistir ao ataque do seu adversário. 

Confiante de sua vitória, ele gritou:
– Jamais me atingirá! Essa barreira é impenetrável! 

Mas rompendo suas expectativas, o monstruoso disparo do leigun de Yusuke dessa vez a atravessou, sem nenhuma dificuldade, como se fosse um fantasma, e explodiu apenas quando entrou em contato com seu oponente, já do lado de dentro, no interior da inderrubável barreira. 

O ataque foi tão devastador e a explosão foi tão intensa que Suizen a sentiu lá das trevas através de sua conexão. Tremendo, e com a mão eletrificada por um brilho dourado, ele então percebeu: Aquilo não era meramente uma rajada de energia qualquer, mas sim, algo mais intangível, espiritual e dimensionalmente penetrante. Aquilo visava destroçar diretamente a sua alma e não apenas o núcleo maligno de seu inimigo. 

Nas profundezas de Hametsu ele sussurrou:

– É impressionante! O garoto é muito esperto, e mais uma vez me surpreendeu. Por mais que um alvo possa resistir fisicamente a isso, qualquer outro teria sentido uma dor insuportável até que sua alma fosse dilacerada. Mas esse tipo de ataque eu conheço bem, ele é capaz de fragmentar parte da essência espiritual do inimigo, enfraquecendo-o permanentemente. Sem dúvidas, muito semelhante a uma técnica devastadora que a muito tempo eu enfrentei, desenvolvida pelo próprio Raizen durante a última era negra das sangrentas guerras demoníacas. 

Sacudindo sua mão dormente buscando alívio, Suizen então disse:

– Muito bem, Yusuke. Não vejo a hora de enfrentá-lo cara a cara. Vai ser muito prazeroso matá-lo com as minhas próprias mãos.

O golpe disparado por Yusuke havia lhe causado certo reconhecimento, e ecoou pelas profundezas de Hametsu como uma espécie de vingança ancestral. Era como se Raizen tivesse ajudado de algum modo seu descendente indiretamente a derrotar seu antigo inimigo. Mas a verdade é apenas que os dois haviam chegado ao mesmo resultado por caminhos diferentes.

Longe dali, no campo de batalha, uma nuvem densa de poeira havia se formado diante de Yusuke, encobrindo totalmente o corpo de Takuma após a devastadora explosão. Aliviado com o desfecho da batalha, Urameshi enfim exclamou:

– Acabou. Finalmente esse aí morreu. Essa peste não vai mais nos incomodar.

Mas, surpreendendo a todos, uma voz grossa e poderosa foi, em resposta, ouvida:
– Não. Creio que nós já te dissemos, isso nunca vai acabar fedelho!

Ao se virar para o profundo abismo que os cercava, Yusuke viu a figura aterradora de Hoozen ressurgir no local. Apesar dos graves ferimentos de sua última batalha contra Hiei, ela sobreviveu e se dirigiu até ali. E mesmo carbonizada e parcialmente derretida, ainda estava disposta a lutar. Sua presença, sem dúvidas, lhes causava terror.

Com convicção e um sorriso psicótico no rosto ela, então, lhe disse:

– Nós somos uma força imparável, não entende moleque? Nós, Mazokus, somos fortes demais. Sobrevivemos a tudo que essa terra atormentada nos ofereceu durante os últimos 20 séculos, e não vai ser você quem irá nos derrotar. Não é mesmo Takuma?

Por um breve momento de tensão, Yusuke suou frio, pensando que mesmo esgotado agora, ainda teria que enfrentar Hoozen e Takuma novamente. No entanto, quando a fumaça se dispersou e seus olhos puderam ver, foi revelado o corpo inerte de Takuma, e só então, algo verdadeiramente inesperado aconteceu. A figura antes ameaçadora e terrível, começou a se esfarelar lentamente. O outrora formidável guerreiro Mazoku se dissolveu em cinzas que se espalharam suavemente pelo chão, deixando Hoozen paralisada e perplexa.

– "Tá, Takuma … ?" Disse Hoozen incrédula e gaguejando antes de cair desiludida de joelhos, agora, sem demonstrar aquela voz poderosa que a pouco transbordava tanta confiança.

O silêncio então reinou por alguns instantes, enquanto as criaturas ferozes antes invocadas por Takuma para perseguir os moradores evaporavam-se juntamente com ele por todo canto. A arrogância de Hoozen se desfez e seu rosto agora refletia a mais pura desolação de quem acabara de perder o controle da situação. Tudo aquilo que antes lhe guiava, parecia ter perdido o sentido agora, desaparecendo junto com as cinzas de Takuma. Era difícil admitir, mas eles finalmente haviam sido derrotados.

Fim do episódio.
Eu não conheci o outro mundo por querer!

Eu sei que meu coração, agora dói ...

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